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A INFLUÊNCIA DA CAPOEIRA NO FUTEBOL(FONTES: MANUSCRITOS.BLOGSPOT.COM.BR - BERIMBAUBRASIL.COM.BR)

 

O futebol no Brasil começou como algo apenas praticado pela elite branca. Diz-se que a primeira bola de futebol do país foi trazida em 1894 pelo (inglês) Charles William Miller. A aristocracia dominava as ligas de futebol, enquanto o esporte começava a ganhar as várzeas. Somente na década de 1920, os negros passam a ser aceitos ao passo que o futebol se massifica. Durante os governos, principalmente de Vargas, foi feito um grande esforço para alavancar o futebol no país. A construção do Maracanã e a Copa do Mundo do Brasil (1950), por exemplo, foram na Era Vargas. A vitória no Mundial de 1958, com um time comandado pelos negros Didi e Pelé, o mestiço Garrincha e pelo capitão paulista Bellini, ratificou o futebol como principal elemento da identificação nacional, já que reúne pessoas de todas as cores, condições sociais, credos e diferentes regiões do país. Foi através dos negros que o futebol se expandiu mundo afora, o carnaval, o samba, a batucada, a feijoada, cultos afros e assim por diante. Garrincha, o diabo de pernas tortas, em ação: o único lateral a marcá-lo foi Jordan do Flamengo, exímio praticante de capoeira. O futebol, esporte nacional brasileiro, possui semelhanças com a capoeira. João Lyra Filho, ex-presidente do Conselho Nacional de Desportos, no livro “Introdução à Sociologia dos Desportos”, admite ser a capoeira “a precursora do futebol tal como é jogado no Brasil, entre malabarismos e tessituras que parecem peculiares aos mulatos”. Diz ele que “no jogo de futebol dos mulatos, como antes, no jogo da capoeira, há muito luxo de simulação e ludibrio. A catimba sela a intimidade com o futebol”. Ou seja, toda essa catimba (que é mais famosa no futebol argentino) tem origens na capoeira. Nas rodas de capoeira, parte importante do jogo é ludibriar, enganar o adversário, com movimentos de dança e do corpo, levá-los a acreditar que será dado um golpe, mas é dado outro. Na capoeira, antes de entrar na roda, os capoeiristas se benzem: cada um com sua crença, alguns fazem o sinal da cruz, alguns colocam a mão próxima ao berimbau e pedem proteção. Antes de entrar em campo, os jogadores também se benzem. Os caxinguelês eram meninos de 10 a 12 anos que iam à frente das maltas, provocando os adversários, no futebol são as mascotes que adentram o campo com os times. É tradição na capoeira, para ser batizado, o capoeirista ganhar um apelido. Assim também, a maioria dos jogadores de futebol é conhecida por apelidos (antigamente até bem mais do que hoje). As gírias e nomes curiosos de golpes de capoeira foram para o futebol, como o drible, a cama-de-gato, a rasteira, etc. Enfim, as manhas e o fetichismo da capoeira foram transplantados para o futebol.

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